História em Pauta
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Nova versão para o acidente com Juscelino Kubitschek
Comissão Nacional da Verdade contesta versão da Comissão Municipal de São Paulo.
Depois que a Comissão Municipal da Verdade de São Paulo retomou o debate sobre a morte de Juscelino Kubitschek e divulgou um documento, em dezembro do ano passado, “declarando o assassinato do ex-presidente, vítima de conspiração, complô e atentado político na Rodovia Presidente Dutra, em 22 de agosto de 1976”, agora será a vez de a Comissão Nacional da Verdade (CNV) se pronunciar oficialmente. E, para surpresa dos vereadores paulistanos, os integrantes da CNV deverão se manifestar contra a conclusão dos colegas. De acordo com o perito Sérgio de Souza Leite, responsável pelos trabalhos técnicos do acidente nos anos 1970, a presidência da CNV emitirá a opinião dela em breve. Os dois peritos da Comissão Nacional da Verdade Mauro Yared e Pedro Cunha se encontraram com Leite para informar a decisão que será anunciada pelo grupo.
“Fui procurado aqui no Rio de Janeiro pelos peritos da presidência da comissão e eles mostraram que já estavam com tudo a favor da gente (da perícia oficial do caso). Eles fizeram algumas perguntas adicionais e disseram que a comissão vai soltar um parecer”, contou Leite, acusado pelos vereadores de São Paulo de ter fraudado os trabalhos periciais. Em resposta, o perito entrará com uma ação criminal na Justiça contra os parlamentares da capital paulista.
Leite e o ex-diretor do Instituto Carlos Éboli, da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Roberto de Freitas Villarinho deverão prestar depoimento na CNV confirmando os trabalhos que fizeram apontando que a morte de JK foi resultado de um acidente automobilístico. O médico legista Márcio Alberto Cardoso, um dos responsáveis pela exumação do corpo do motorista de JK Geraldo Ribeiro em 1996, também deverá ser convidado a falar.
Fonte: Estado de Minas, via: café com história
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
A Imprensa
(Johannes Gutenberg, pai da Impressão) |
Depois
da invenção da roda e antes da criação da máquina a vapor, podemos destacar uma
invenção que, sem dúvida, revolucionou o mundo, a Imprensa. A maquina de “imprimir”
foi aperfeiçoada (pois já existiam outras maneiras de impressão) por Johannes
Gutenberg, no século XV. A máquina de Gutenberg foi responsável por uma grande
transformação cultural na sociedade daquela época. Pois ela permitiu que as idéias,
em geral, fossem repassadas em maiores números e de maneira mais rápida. Uma
sociedade em que a fonte de conhecimento ( seja em livros, manuscritos, cartas
ou qualquer outra fonte histórica escrita) estava nas mãos da nobreza e do
clero, devido ao alto custo e até mesmo medo da divulgação de algumas idéias,
agora estava disponível mais facilmente a sociedade.
Um
exemplo dessa transformação que a Imprensa causou foi a Impressão da Bíblia
Sagrada em alemão. A Escritura Sagrada que antes estava nas mãos da nobreza e
do clero, era escrita em latim e seu valor altíssimo, sem contar o tempo que demorava
a transcrever a bíblia manualmente (sim, antes da impressão tudo era manual).
Assim, o que antes estava somente nas mãos de poucos e em um idioma quase extinto
latim, com a maquina de Gutenberg ela passaria ser conseguida mais fácil, isso por
que a impressão diminuía os custos e o
tempo da transcrição e, o mais importante, poderia ser facilmente transcrita em
qualquer língua.
Isso sem duvida causaria grande impacto naquela sociedade. Uma sociedade atada e amarrada os conhecimentos e saberes do clérigo, principalmente na área religiosa, agora poderia ter o livro principal da sua religião em sua casa. Assim, a pessoa passaria a interpretar a bíblia de sua maneira e não da maneira que a igreja e seu clero a interpretavam.
Por fim, a impressão acabou sendo a porta da liberdade para as idéias e nada poderia conter. Livros importantes como de Aristóteles e Platão poderiam seria ser impressos, e com isso, divulgado seus pensamentos e alcançaria uma população maior do que alcançava. Ela possibilitou que mais idéias fossem propagadas pelo o mundo e acessíveis, tirando o poder do conhecimento das mãos da nobreza e, principalmente, da igreja.
Isso sem duvida causaria grande impacto naquela sociedade. Uma sociedade atada e amarrada os conhecimentos e saberes do clérigo, principalmente na área religiosa, agora poderia ter o livro principal da sua religião em sua casa. Assim, a pessoa passaria a interpretar a bíblia de sua maneira e não da maneira que a igreja e seu clero a interpretavam.
Por fim, a impressão acabou sendo a porta da liberdade para as idéias e nada poderia conter. Livros importantes como de Aristóteles e Platão poderiam seria ser impressos, e com isso, divulgado seus pensamentos e alcançaria uma população maior do que alcançava. Ela possibilitou que mais idéias fossem propagadas pelo o mundo e acessíveis, tirando o poder do conhecimento das mãos da nobreza e, principalmente, da igreja.
Quem gosta de história não pode deixar de ver o filme: Em nome da Rosa. O filme que passa na Idade Média e que trata como a sociedade daquela época, principalmente o clero, vivia naquela época. Alguns pontos importantes que podemos destacar são a pobreza que assolava a maioria da população, a quebra do celibato por parte do clero e a "perseguição" a aqueles que buscavam conhecimento que fosse considerado como herege pela igreja.
Sinopse: Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Como não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado
O livro “Brasil: ditadura militar” está disponível para download gratuito. Material didático foi escrito por Joana D’Arc Fernandes Ferraz e Elaine de Almeida Bortone, pesquisadoras da memória da ditadura e integrantes do Grupo "Tortura Nunca Mais" do Rio de Janeiro. As ilustrações são de Diana Helena. Clique no link para fazer o download: http://goo.gl/2djFUP
Via: Café com História
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Era Vargas
Getúlio Vargas. Um personagem emblemático na história do Brasil. Adorado e Odiado por muitos, sua forma de governo oscilou da democracia ao autoritarismo, foi Pai dos Pobres e Fascista e o presidente que ficou mais tempo no poder. Todas essas características fazem de Vargas um dos maiores ícones da história brasileira.
Abaixo, está relacionado os principais atos e embates de Vargas na presidência. Uma época que ficou conhecida como: Era Vargas!
A Era Vargas
Em
1930 Getúlio Vargas assumiu a presidência da República. O período em que ele
governou é conhecido como Era Vargas, e ele é dividido em três fases:
O governo provisório
que durou de 1930 a
1934
foi uma fase de autoritarismo.
Primeiras
medidas que comprovam o autoritarismo de Vargas: Substituiu os
governadores de Estado por interventores, que eram pessoas de sua confiança. Proibiu
as atividades dos deputados e senadores. Suspendeu a Constituição de 1891.
Manifestações
contra Vargas:
Em maio 1932 no Centro de São Paulo morreram quatro estudantes, que
exigiam a convocação dos deputados para
a criação de uma nova constituição. O movimento passou a se chamar MMDC em
homenagem aos estudantes. Com a Revolução Constitucionalista em SP no mesmo ano,
os paulistas lutaram pelo mesmo ideal. Os paulistas esperavam o apoio de outros
estados, o que não aconteceu. Eles acabaram se rendendo, mesmo sendo
derrotados, porém tiveram suas reivindicações atendidas pelo governo, pois
foram convocadas eleições para deputados, para que se criasse uma nova
constituição para o país.
Com a criação da
Constituição de 1934 começou o governo constitucional de Vargas, que durou até
1937.
Constituição de 1934: Vargas procurou agradar aos trabalhadores,
ampliar o direito de voto e moralizar o processo eleitoral. A constituição
determinava dentre outras coisas, a criação do salário mínimo; a criação do
Supremo Tribunal eleitoral; a criação do voto secreto e do voto feminino; a
jornada de trabalho de 8 horas diárias e o direito à férias anuais remuneradas.
Foi instituído também que a primeira eleição presidencial após 1934 seria
indireta, ou seja, só os deputados que votariam.
Disputa
entre grupos políticos:
* ANL
(Aliança Nacional Libertadora - Aliancistas): era formada pela classe
trabalhadora em defesa de uma série de propostas de caráter popular como a
liberdade de expressão e de organização; a suspensão do pagamento da dívida
externa e a reforma agrária. Suas idéias se assemelhavam a de alguns
comunistas.
*AIB (Ação
Integralista Brasileira - Integralistas): era formada por pessoas da classe média
conservadora, comerciantes, elementos da igreja e do exército, com o apoio dos
grandes industriais e proprietários (classe alta) que viam na AIB uma forma de
combater as perigosas idéias da ANL. Defendiam a centralização do poder com
apenas um governante, a propriedade privada, os bons costumes e tradições e
eram lideradas por Plínio Salgado. Sofriam forte influência dos ideais nazistas,
que nessa época já tomava conta da Itália e da Alemanha, entre outros países.
Se assemelhavam muito aos nazistas principalmmente por defenderem um governo
autoritário e por perseguirem aos comunistas.
> Aumento das tensões entre integralistas
e aliancistas, fizeram aumentar as manifestações de rua e o rigor do governo.
> Getúlio Vargas se aproximava mais das
idéias defendidas pelos integralistas, embora não assumisse publicamente
simpatia por qualquer grupo.
> Aproveitando-se da situação de conflito
entre a ANL e a AIB, Getúlio armou um golpe para continuar no poder. No início
de 1938 deveriam ocorrer eleições para presidente, mas em setembro de 1937
Vargas anunciou ter descoberto um plano chamado Plano Cohen.
Plano
Cohen:
Foi um falso plano criado por Vargas com o objetivo de se manter na presidência
com poderes totais com a desculpa de combater os comunistas. Segundo Getúlio
esse era um plano armado pelos comunistas que pretendiam tomar o poder da nação
por meio de greves e manifestações públicas, incêndios em igrejas e o
assassinato de vários líderes políticos. Na realidade o plano foi criado pelos
militares ligados à ele. A classe alta apoiou Vargas após o anúncio do Plano
Coehn, pois Vargas prometeu então destruir os comunistas por meio de violência,
e assim a ditadura foi instaurada no Brasil.
Com
o Plano Cohen teve início a terceira fase da Era Vargas, a ditadura do Estado Novo
que durou de 1937 a
1945: Extremo autoritarismo.
1937 Criação
de nova constituição (
elaborada por um grupo de pessoas ligadas a Getúlio): Centralizou o poder em
suas mãos, passou a indicar as pessoas que assumiriam os cargos públicos, como
os governadores de estados. Dissolveu a câmara dos deputados e senadores, impôs
total controle sobre os sindicatos, proibiu manifestações públicas e o
funcionamento os partidos políticos. Instituiu novas leis trabalhistas por meio
da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), criando a carteira de trabalho e
outros benefícios. A constituição de 1937 recebeu o apelido de Polaca, por
causa da sua semelhança com a constituição polonesa sob influência dos
nazistas. Essa constituição atribuía ao presidente plenos poderes sobre a
nação. Governadores, prefeitos e juízes eram indicados por Getúlio.
Criação
do DIP (Departamento
de Imprensa e Propaganda): Era um
organismo do governo responsável pela censura e controle dos meios de
comunicação e era encarregado de fazer a propaganda oficial do governo por meio
de cartazes e atos públicos.
> Foi criado a Voz do Brasil, um programa
de rádio que além de informações apresentava os artistas daquela época. O programa
foi usado por Vargas para realizar sua propaganda de governo.
O Brasil
na II Guerra Mundial:
Em 1944 Vargas declarou guerra aos países do eixo. No início o país tinha
tarefa de patrulhar as águas do Atlântico e depois enviou tropas para a Itália.
A FEB juntou-se ao exército norte-americano e combateu os fascistas. Vargas
demostrou ser contraditório ao entrar na guerra contra os governos
autoritários, afinal ele estava lutando pela guerra contra governos semelhantes
ao dele no Brasil.
Fim da
Era Vargas: Com
o fim da guerra a situação de Vargas ficou complicada. O Brasil havia lutado a
favor da democracia e contra países ditatoriais e não havia mais razão para
continuar mantendo um regime ditatorial no país. Getúlio iniciou então um
processo de abertura política permitindo a existência de outros partidos
políticos e convocando eleições. Entre os novos partidos estava a UDN(União Democrática Nacional _
empresas estrangeiras e oposição a Getúlio), o PSD (Partido Social Democrático – políticos conservadores e
fazendeiros que apoiavam Getúlio), PTB (Partido
Trabalhista Brasileiro – políticos ligados ao movimento sindical que apoiavam
Getúlio), e o PCB(Partido Comunista
Brasileiro – comunistas liderados por Júlio Prestes).
Getúlio lançou o movimento “Queremos Getúlio” para as
eleições, mas com medo de um novo golpe os militares o afastaram do cargo. O
presidente do supremo Tribunal Federal assumiu o cargo até o término das
eleições.
O história em pauta tem o intuito de abordar os caminhos percorridos pela História. Para isso, será disponibilizado no blog textos, documentos, videos, documentários, trabalhos acadêmicos e qualquer outra forma de fonte histórica para que possamos dialogar sobre a História e seus acontecimentos marcantes.
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